quinta-feira, 22 de julho de 2010

STREGHERIA

Stregheria é um termo moderno, um neologismo, utilizado por alguns autores neo-pagãos como um sinônimo para a palavra italiana Stregoneria, que significa Bruxaria.



Para algumas pessoas, a Bruxaria Italiana é tida como a "Velha Religião" (Vecchia Religione, em italiano), culto neopagão italiano com origens nos velhos mistérios Egeu-Mediterrâneos. A stregheria é uma religião iniciática imposta por diversos clãs, na maioria hereditários e extremamente herméticos.


Já para outras, a Stregoneria é simplesmente a prática de bruxaria de influências italianas, desvinculada de religião, já que para Bruxaria Tradicional a mesma não é considerada uma 'Religião' per se, mas sim um Ofício, uma prática de feitiçaria independente da religiosidade.


Cultos


O Culto das Streghe Neo-Pagãs centra-se na figura da Deusa Diana e seu irmão e Consorte Dianus Lucifero. Mas este Culto, deve-se deixar claro, é aquele mantido por praticantes modernos, e não correspondem a Bruxaria Italiana como um todo. Deve-se dizer ainda, como demonstrativo da variedade de práticas e pensamentos ligados a 'Stregoneria' que há muitos Stregoni e Streghe que focalizam sua prática em Santos Católicos, enquanto há outros grupos e praticantes que se focam na figura do Diabo e demônios menores. Portanto, não é possível generalizar a 'Stregoneria' como uma prática única, ou como um único Culto.


Quando feito dentro de famílias ou em grupos de práticas, os rituais da Bruxaria Italiana também buscam a cura, a fertilidade e a prevenção ou quebra do mal olhado, também conhecido como malocchio ou jetattura, bem como o amaldiçoamento de seus inimigos e feitiçaria para diversos fins, sejam benéficos ou maléficos.


Dentro das tradições das streghe ocorrem também ritos solares, obedecendo tanto às estações do ano, quanto à ciclos de plantio e colheitas nas diferentes regiões da Itália.



Segredos e práticas

Os streghe ou bruxos se reunem às noites de lua, dependendo de seu crescente ou declínio, e nos dias de sol intenso. À lua cheia são revelados os mistérios da tradição, enquanto os rituais solares são voltados para a adoração e a iluminação, e ainda o contato com a natureza, tão importante pra nós. Os elementos têm muita importância para os streghe, e uma das práticas secretas é a Arte das Transmutações, em que se utiliza o magnetismo do olhar para impregnar pessoas e coisas, como os benzedeiros chamam de "Luz nos Olhos" ou "Olhar de Fogo", para os bruxos. O Brilho do olhar pode ser usado para o bem ou mal, mas a maioria dos streghe utilizam o fogo (para libertaçao) e a água (para purificação), visualizando o corpo em questão cheio destes elementos. A stregaria também mantém contato com espíritos familiares, elementais, anjos e devas, etc., mas tudo com objetivos definidos, sejam materiais ou de desenvolvimento espiritual. Muitas tradições que se voltaram para o cristianismo mantiveram o simbolismo strega pelas gerações, e hoje constituem alguns dos principais grupos mantenedores da stregaria no Brasil. Apesar de misturada e muitas vezes enraizada no Cristianismo esotérico e no hermetismo, a stregaria mantém suas antigas tradições e rituais mediterrâneos, que morrem com os membros, mas cedo ou tarde retornam na família, através de sonhos, inspirações e até mesmo uma curiosidade.

Stregheria revelada


A Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveu obras sobre o tema, entre as quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and Roman Remains in Popular Tradition. Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheres que se intitulavam Streghe (Bruxas em Italiano).

A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças de Espíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana e Dianus Lucifero. Alguns praticantes, no entanto, mantém seu culto firmado em algumas deidades, criando com elas uma espécie de aliança, não necessariamente sendo Diana e Dianus, embora, indubitavelmente eles sejam os mais cultuados.


As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas. É importante lembrar, porém, que os romanos e assim, os ítalos tiveram muito contato com outros povos, dado à posição comercial e geográfica que os privilegiou em muitos momentos da história. Desta forma, desde os celtas que viveram no norte da Itália aos cultos e tradições trazidos pelos gregos que se instalaram na Magna Grécia, na Sicilia, influenciaram muito os modos, tradições e crenças das streghe, das fazedoras de magia, de curas.


Hoje, muitos praticantes de Bruxaria Italiana têm seus cultos e crenças enraizados também no Cristianismo e na cultura judaico-cristã, pois com a conversão dos romanos, muitos deuses e seus templos e cultos ganharam esse caráter, embora não tenham perdido sua essência e importância entre os praticantes recém-convertidos. Estes são atualmente aqueles que fazem suas curas em nome de Santa Luzia, São Miguel ou São Pedro, mas com magias e rezas, além do uso de ervas, plantas e especiarias.


Animulare, Tanarra, Janare, Strie, Strighe, Borde, Magare, Majare, Cogas, Masche, Basure são palavras sinônimas para "streghe" em diversos dialetos italianos. Foram erroneamentes tidas como 'Tradições de Bruxaria', mas na verdade são apenas palavras de diversos dialetos.

 Clãs e tradições de Stregheria

A Stregheria contém em si várias ramificações que são chamadas de Clãs ou Tradições. Um Clã é formado por um conjunto de regras, liturgias, mitos e práticas em comum, onde os Stregoni e Streghe estão ligados entre si pela linhagem.

Outros grupos ainda, não tem um nome específico porque se desenvolvem em regiões, como resultado das vilas daqueles locais, ou em famílias. Nem sempre as famílias abrem ou mesmo assumem suas práticas mágicas, religiosas ou espirituais, por isso são muito pouco conhecidas.

Bibliografia


Leland, Charles G., Aradia o evangelho das Bruxas

Ginzburg, Carlo, Os Andarilhos do Bem

Grimassi, Raven, Italian WItchcraft



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quarta-feira, 21 de julho de 2010

FILOSOFIA CIGANA

FELICIDADE
Um campo aberto, um luar, um violão, uma fogueira, o canto do sabiá, e a magia de uma cigana

ORGULHO
Saber que nunca participamos de guerras, que nunca armamos para matar nossos semelhant.es Somos os menestréis da paz!

AMOR
Amar é vivermos em comunidade é repartir nosso pão, nossas alegrias e até mesmo nossas aflições

LEALDADE
Não abandonar nossos irmãos quando mais precisam. é nunca negar o ombro amigo, a mão forte e o incentivo à vida

RIQUEZA
Termos o suficiente para seguirmos pele estrada da vida

NOBREZA
Fazermos de cada humilhação um incentivo ao perdão

HUMILDADE
Não importar-se em ser súdito ou nobre, importa-se apenas em saber viver

RAZÃO DE VIDA
Dançar, festejar, fazer a caridade

AMAR A TODOS, MESMO SENDO DISCRIMINADO, MOSTRAR QUE SOMOS UM POVO ESCOLHIDO POR DEUS, PARA LEVAR KAMBULIN AO RESTO DO MUNDO

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A arte de menstruar




O que define uma mulher? Muitas respostas poderiam ser dadas a esta pergunta, mas o que caracteristicamente a define é o fato de que mulher menstrua. E em sua condição plena, ela menstrua regularmente, expressão redundante, pois a palavra menstruação, que significa, literalmente, ‘mudança de lua’, tem como sílaba-raiz mens, mensis, a medida, origem da contagem do tempo, i.é., da regularidade.

A sílaba latina mens forma palavras como medida, dimensão metro, mente, para citar algumas. No sânscrito, a sílaba original era ma, de mãe, mana. Na Suméria, os princípios organizadores do mundo, atributos da deusa Inana, eram os me, sílaba contida no nome de muitas deusas, como Medéia, Medusa, Nêmesis e Deméter.

Para as mulheres da Idade da Pedra, o sangue menstrual era sagrado. É provável que a palavra sacramento se origine de sacer mens, literalmente, menstruação sagrada. Um ritual exclusivamente feminino, conhecido pelos gregos como Thesmophoria, mas cuja origem se perde no tempo, era realizado anualmente no período da semeadura. As mulheres que tinham atingido a idade do sangramento se reuniam num campo sagrado, e ao primeiro sinal do fluxo menstrual, elas desciam por uma fenda para levar sua oferenda às Cobras, as grandes divindades primárias do mundo profundo, que representam o poder regenerador na terra, no campo e no corpo das mulheres. Ofereciam o melhor leitão da ninhada, cuja carne apodrecida junto ao sangue menstrual era misturada às sementes, que então eram enterradas no campo sagrado, para promover e propiciar uma colheita abundante.

Os antigos ritos de menstruação hindus estão relacionados com Vajravarahi, literalmente ‘Porca de Diamante’, a deusa que rege as divindades femininas iradas, que dançam o campo energético do ciclo menstrual. Ela é a dançante Dakini vermelha, filha da Deusa Primal do Oceano de Sangue, mais tarde denominado de Soma.

Representando o fluido da vida, o sangue menstrual sempre foi considerado tabu, palavra polinésia que significa ‘sagrado’ e que foi interpretada pelos antropólogos como sendo ‘proibido’. De fato, o sangue menstrual, como o poder de criar vida que conecta as mulheres com o próprio universo, era tabu, isto é, sagrado e portanto proibido àqueles que não menstruassem, como era o caso dos primeiros antropólogos homens.

No mais esotérico dos rituais tântricos, o Yoni Puja, os sucos liberados pela cópula eram misturados com vinho e partilhados pela congregação. O mais poderoso de todos os sucos era aquele obtido quando a yogini estava menstruando.

Ao longo dos milênios, as mulheres têm desaprendido a arte de menstruar, de fluir com a vida. Nas sociedades tribais, a menarca, o início do fluir do sangue, era celebrada com um rito de passagem, auxiliando a menina a realizar sua entrada para o reino do mana: o poder sagrado transmitido pelo sangue e que tanto podia dar como tirar a vida. Além de apaziguar o poder destruidor, o rito tinha como função auxiliar a menina a entender sua condição física e sua relação com a função procriadora da natureza. Ainda uma criança em espírito e condição social, a partir de suas regras, a jovem deve assumir o comando de sua vida. Sem ritos de passagem, o que temos para oferecer às nossas meninas, que as ajude a transformar e assumir sua nova identidade?

Ao longo do processo civilizatório, a menstruação foi sendo depreciada, relegada, virando tabu. O que era sagrado tornou-se proibido, sujo, contaminado. A regra passou a ser esconder a regra. O resultado disto foi que o evento central na vida de toda mulher madura tornou-se invisível. Ironicamente, retorna à visibilidade para se tornar um negócio milionário, o dos absorventes ditos ‘higiênicos’, mas que continua a reforçar a idéia de que o sangue menstrual é ‘sujo’. O apelo maior da propaganda de absorventes é tornar a menstruação invisível. Promete que usar tal ou qual marca de absorvente possibilita à mulher levar a vida como se nada estivesse acontecendo em seu corpo. Descaracteriza-a como mulher, negando sua característica mais distintiva.

Devemos abolir os absorventes? É claro que não, pois não vivemos na Idade da Pedra. Mas talvez devêssemos nos espelhar no exemplo das índias andinas, que simplesmente se agacham e deixam seu sangue fluir para a terra. Impossibilitadas de agir assim numa terra coberta de asfalto, podemos, contudo, transformar esta prática num ritual. É importante para as mulheres recuperarem o sentido sagrado do fato biológico central em suas vidas. Pois, ainda hoje, a maioria das mulheres ‘liberadas’ acredita que suas regras (aquilo que as rege) é uma inconveniência que, se possível, deveria ser eliminada. Se formos capazes de romper com esta crença, talvez possamos desvincular o feminino da idéia de fragilidade e instabilidade. A decantada imprevisibilidade feminina é, em grande parte, decorrente das oscilações a que a mulher está submetida, ao longo de seu ciclo mensal. É a expressão da imprevisibilidade da própria vida.

O ciclo hormonal feminino apresenta dois pontos culminantes: a ovulação e a menstruação. O polo branco da ovulação, chamado muitas vezes de rio da vida, é o polo ovariano, procriativo, momento do ciclo em que, biologicamente, a mulher se coloca plenamente a serviço da espécie. O polo vermelho da menstruação, também chamado de rio da morte, é o polo uterino, quando a mulher se volta para si mesma. Ou pelo menos deveria, pois a arte de menstruar, a habilidade de fluir com a vida, é o momento em que somos chamadas para dentro, a fim de curarmos a nós mesmas.

Desprezada e negligenciada, não é de estranhar que a menstruação revide. A TPM (Tensão entre Patriarcado e Menstruação) é a expressão do conflito que nós mulheres vivemos, entre voltarmo-nos para o acontecimento sagrado dentro de nós ou atender à demanda do mundo externo. O período menstrual nos torna mais sensíveis, captando os acontecimentos em torno de nós através de uma lente de aumento e reagimos de acordo. Se aprendermos a respeitar o movimento energético que acontece em nosso interior, poderemos usar esta sensibilidade de um modo mais significativo e reverter a depreciação a que o sangramento foi submetido, recuperando sua sacralidade.

Como mulheres modernas, inseridas num mundo que funciona de acordo com os valores masculinos, nem sempre podemos nos recolher na cabana de menstruação, como faziam nossas antecessoras, onde descansavam e partilhavam suas experiências. Mas podemos reduzir nossas atividades ao mínimo, deixando para outro momento algumas delas. Também podemos nos recolher para dentro de nós, enquanto executamos as atividades diárias que nos competem. Depois de cumpridas as tarefas, podemos nos retirar para um lugar tranqüilo e prestar atenção ao que acontece no nosso útero, observar as sensações e os sentimentos, os sonhos que emergem. O período menstrual é o momento em que podemos aprender mais a nosso respeito e curar nossas feridas. Assim reverenciada, a arte de menstruar pode ser recuperada, possibilitando uma vida mais plena e feliz como mulher.

Fonte: Caldeirão

Monika vom Koss

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ROM - SINTI E CALON - Os assim chamados "ciganos"

Por volta do ano 1000, por motivos ainda ignorados, iniciou uma
migração de indianos em direção ao Ocidente. Nada se sabe sobre
estes primeiros migrantes, mas depois de passarem pela Pérsia e
pela Turquia, no Século XIII, sua presença já é registrada na
Grécia e em outros paises balcânicos. A partir do início do
Século XV migram para a Europa Ocidental, onde geralmente dizem
ser originários do “Pequeno Egito”, então uma região da Grécia,
mas pelos europeus confundida com o Egito, na África. Por isso,
em vários países chamavam-os de “egípcios” ou “egitanos”,
de que derivam, os termos gypsy (inglês), gitan (francês),
gitano(espanhol).Mas sabemos que outros grupos se apresentaram
como gregos ou atsinganos, como então eram chamados na Grécia,
pelo que também ficaram conhecidos como ciganos ( português ),
tsiganes(francês),zigeuner(alemão/holandês),zingari (italiano).

Hoje os ciganos, no entanto, costumam usar autodenominações
completamente diferentes e distinguem pelo menos três grandes grupos:

- os Rom, ou Roma, que falam a lín­gua roma­ni; são divididos em
vários sub-grupos, com denominações próprias, como os Kalderash,
Matchuaia, Lovara, Curara, Ursari e.o.; são predominantes nos
países balcânicos, mas a partir do Século XIX migraram também
para outros países europeus e para as Américas, inclusive para o
Brasil;

- os Sinti, que falam a língua sintó e são mais encontrados na
Alemanha, Itália e França, onde também são chamados Manouch;

- os Calon, ou Kalé, que falam a língua caló, os “ciganos ibéricos”,
que vivem principalmente em Portugal e na Espanha, mas que no
decorrer dos tempos se espalharam também por outros países da
Europa e foram deportados ou migraram inclusive para a América do Sul.

Quase nada sabemos sobre os ciganos brasileiros na atualidade.
As pesquisas até agora realizadas no Brasil provam a existência de
ciganos de pelo menos dois grupos diferentes: os Calon que foram
degredados ou migraram voluntariamente para o país, já a partir do
Século XVI, e os Rom que vieram para o Brasil somente a partir de
meados do Século XIX.[1] Nenhuma publicação trata de ciganos Sinti,
mas que com certeza também devem ter migrado para o Brasil, junto
com os colonos alemães e italianos, a partir do final do Século XIX.

Nada, mas absolutamente nada, sabemos sobre o número de ciganos
nômades, semi-nômades e sedentários atualmente existentes no Brasil,
nem sobre sua distribuição geográfica. Há quem, sem apresentar
quaisquer provas, fala até na existência de 800 mil ou 1 milhão de
ciganos no Brasil. No entanto, quaisquer estimativas sobre a população
cigana brasileira não passam de meras fantasias. No Brasil, até hoje,
nem o IBGE ou ou­tra instituição de pes­qui­sa demográfica, nem
cientista al­gum tem feito um le­vantamento da população ciga­na.

Na Europa, onde vive a maioria dos ciganos, os dados demográficos são
igualmente duvidosos, mas de um modo geral estima-se que sua população
está em torno de 10 a 15 milhões de pessoas. Os países com maiores
populações ciganas são a Romênia (1.800 a 2.500.000),
Bulgária (700 a 800.000), Espanha (650 a 800.000) e Hungria (550 a 600.000).

Desde sua chegada na Europa Ocidental, os ciganos têm sido vítimas
de políticas anti-ciganas, em todos os países por onde passaram.
“Cigano” virou palavrão; ser “cigano” virou crime, o que em muitos países significava a condenação à morte. Ainda em pleno Século XX,
os nazistas exterminaram cerca de 500.000 ciganos, um holocausto que os historiadores preferem esquecer.

Somente a partir da década de 60, com a crescente unificação da Europa,
começam a surgir as primeiras políticas pró-ciganas, em documentos do
Conselho da Europa e da União Européia. E também os ciganos, pela
primeira vez na história, começam a reivindicar os seus direitos e a denunciar.

Ainda vai levar algum tempo para estas novas idéias e políticas ciganas
e pró-ciganas conseguirem atravessar o Atlântico e ficarem também
amplamente conhecidas e discutidas no Brasil, não apenas por políticos
e juristas, mas também por antropólogos e outros cientistas da área humanística.

Este ensaio tenta apenas contribuir para uma maior divulgação, no
Brasil, das políticas pró-ciganas e das reivindicações ciganas
européias, quase sempre divulgadas em publicações de difícil ou
impossível acesso para os juristas e cientistas sociais brasileiros,
porque inexistentes em qualquer biblioteca universitária ou biblioteca
pública. Por este motivo, vários documentos serão amplamente transcritos.



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[1]. Veja R. Corrêa Teixeira, História dos ciganos no Brasil, Recife, Núcleo de Estudos Ciganos, 1999, 140pp.; E. M. Lopes da Costa, “O Povo Cigano e o espaço da colonização portuguesa – que contributos?”, IN: A. Gómez Alfaro, E.M. Lopes da Costa e Sh. Sillers Floate, Ciganos e degredos, Lisboa, Centre de Recherches Tsiganes / Comissão Européia, 1999, pp. 49-92

Silêncio

Observar é o primeiro passo, o primeiro ensinamento, a primeira prática.Observar.Isso é meditar. Observe os sons, o seu corpo, a respiração que entra e sai.Claro, os pensamentos não vão te largar...Observe.Observe os pensamentos. Não os analise, nem os julgue. não os incentive. Sente-se em silêncio, esteja presente e observe...Aos poucos os pensamentos começam a perceber que ali não tem campo fértil, que quem está ali não está incentivando, não está "dando corda" pra eles.Daí a alguns dias eles irão embora.Sente-se longos minutos todos os dias. De repente uma presença inusitada, surpreendente, começa a surgir. Uma presença que perpassa tudo, que está nas árvores, nos pássaros, em todos os objetos...A Presença... O Ser ... o seu Ser, o seu Núcleo Central (que também é o Núcleo Central de tudo o que existe)...No xamanismo Kahuna é conhecido como NALU. Nalu do Som = simplesmente mergulhe e ouça os sons à sua volta. Perceba que eles surgem de repente do silêncio e de repente voltam para o silêncio. Nalu da visão = deixe um cristal ou uma flor a 1 metro de seus olhos e olhe. Olhe e olhe. Agora feche os olhos e veja ele igualzinho dentro de seu cérebro. Vire-o se quiser, mas não o segure. Repita quantas vezes for necessário. Nalu do paladar = quando comer, viaje em cada sabor que entra na sua boca. Cada garfada é um sabor diferente, mesmo que parecido, cada um é único... Viaje! Nalu do Tato = sinta. Enquanto corre, sinta seus movimentos. Não pense nelse, sinta-os. Enquanto deita, sinta o peso de seu corpo sobre o colchão, o peso da roupa sobre o corpo, sensações de frio e calor. Sinta. Nalu Multisensorial = no seu dia a dia , a cada momento de seu dia, mergulhe nas suas sensações, nos sons do aqui-agora, nos movimentos, cheiros, gostos, sem pressa, deliciando-se com cada um desses momentos, dessas sensações. Assim você volta pro aqui-agora e sai das neuroses do passado, medos do futuro, saudades de quem não se encontra presente.... etc.... Assim, você retorna para a Verdade, para a casa: é um convite para voltar pra casa!

Nota: (Publicado na lista Terra Mística por Gisela Barbosa(Veetshish).

Recolhimento Sagrado Feminino




Recolhimento Sagrado Feminino
Tatiana Menkaiká -

Observando os ciclos de nosso corpo, entramos em sintonia com o corpo maior e organismo vivo e pulsante que é a Mãe Terra. Nós, mulheres, carregamos em nosso corpo todas as Luas, todos os ciclos, o poder do renascimento e da morte. Aprendemos com nossas ancestrais que temos nosso tempo de contemplação interior quando, como a Lua Nova, nos recolhemos em busca de nossos sonhos e sentimentos mais profundos. As emoções, o corpo, a natureza são alterados conforme a Lua.Nas tradições antigas, o Tempo da Lua era o momento em que a mulher não estava apta a conceber, era um período de descanço, onde se recolhiam de seus afazeres cotidianos para poderem se renovar. "É o tempo sagrado da mulher", o período menstrual, conforme nos conta Jamie Sams, "durante o qual ela é honrada como sendo a Mãe da Energia Criativa". O ciclo feminino é como a teia da vida e seu sangue está para seu corpo assim como a água está para a Terra. A mulher, através dos tempos, é o símbolo da abundância, fertilidade e nutrição. Ela é a tecelã, é a sonhadora.Nas tradições nativas norte-americanas há as "Tendas Negras", ou "Tendas da Lua", momento em que as mulheres da tribo recolhem-se em seu período menstrual. É o momento do recolhimento sagrado de comtemplação onde honram os dons recebidos, compartem visões, sonhos, sentimentos, conectam-se com suas ancestrais e sábias da tribo. São elas que sonham por toda a tribo, devido ao poder visionário despertado nesse período. O negro é a cor relacionada à mulher na Roda da Cura. Também são recebidas nas tendas as meninas em seu primeiro ciclo menstrual para que conheçam o significado de ser mulher. Esse recolhimento não é observado somente entre as nativas norte-americanas, mas também entre várias outras culturas.Diversos ritos de passagem marcam a vida de meninas nativas no seu primeiro ciclo menstrual. Entre os Juruna, quando a Lua Nova aponta no céu, é momento de as meninas se recolherem para suas casas. As meninas kanamari, do Amazonas, também ficam reclusas enquanto dura seu primeiro sangramento, sendo alimentadas somente pela mãe. Assim ocorrem com as meninas tukúna que nesse período de reclusão aprendem os afazeres e a essência do que é ser uma mulher adulta. Observa-se, em alguns casos, como parte do rito, cortar o cabelo e pintar o corpo de negro. São ritos de honra à mulher, e não o afastamento das mesmas pela impureza, como foi mal-interpretado por muitas outras culturas, principalmente a nossa ocidental extremamente influenciada pelos valores cristãos.Nossos corpos mudam nesse período, fluem nossas emoções e estamos mais abertas a compartilhar com outras mulheres, como uma conexão fraternal. Ao observarmos nossos ciclos em relação à Lua, veremos que a maioria das mulheres que não adotam métodos artificiais de contracepção e que fluem integradas ao ciclo lunar, têm seu Tempo de Lua durante a Lua Nova. É importante observarmos como fluímos com a energia da Lua e seus ciclos, e em que período do ciclo lunar menstruamos. A menstruação é um chamado do nosso corpo ao recolhimento, assim como a Lua Nova é um período de introspecção, propício ao retiro e à reflexão. A Lua Cheia proporciona expansão e, se nossos corpos estão em sintonia com as energias naturais, é o período em que estaremos férteis.Quantas mulheres atualmente deixaram de observar os ciclos do próprio corpo? Quantas deixaram de conectar-se com as forças da natureza, deixaram de lado a riqueza desse período de introspecção, recolhimento e contemplação de si mesmas? No nosso Tempo de Lua sonhamos mais, estamos mais abertas à sabedoria que carregamos de nossas ancestrais. Aproveite esse período para conhecer e explorar seu interior, agradecendo os dons e habilidades que possui. Compartilhe com outras mulheres esses momentos sagrados de respeito e fraternidade. Ouse sonhar e exercer seu lado visionária. Note que ao estar em conexão com todas as mulheres e com a própria Mãe Terra, muitos sintomas tidos como incômodos vão desaparecendo. Muitos destes sintomas são a rejeição desse período. Com a competição resultante dos valores da sociedade moderna, muitas de nós esqueceram de ouvir a si mesmas, de sentir a necessidade de seus próprios corpos e corações. Para finalizar, segue um trecho sobre a Tenda da Lua, de Jamie Sams, falando-nos sobre a importância desse ciclo de religação com a Terra e a Lua:"O verdadeiro sentido dessa conexão ficou perdido em nosso mundo moderno. Na minha opinião, muitos dos problemas que as mulheres enfrentam, relacionados aos órgãos sexuais, poderiam ser aliviados se elas voltassem a respeitar a necessidade de retiro e de religação com a sua verdadeira Mãe e Avó, que vêm a ser respectivamente a Terra e a Lua. As mulheres honram o seu Caminho Sagrado quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente a sua natureza receptiva. Ao confiar nos ciclos dos seus corpos e permitir que as sensações venham à tona dentro deles, as mulheres vêm sendo videntes e oráculos de suas tribos há séculos. As mulheres precisam aprender a amar, compreender, e, desta forma, curar umas às outras. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade".

Celtas - Druidas

Celtas - Druidas
Rosane Volpatto
"A magia dos animais habita em teu coração, chama esta energia secreta e realize logo o impossível". CERNUNNOS, Senhor dos Animais. Xamã , para mim, é aquele que transforma a si mesmo, mas com seu exemplo, toca e emociona a todos. A magia, não é tão misteriosa quanto parece, ela habita os bosques de nossos corações, entre nele e busque a luz e a sabedoria que com certeza lhe será revelada.
Os druidas eram xamãs. Mediante um processo de iniciação pessoal, numa sucessão de estados de transe tinham acesso ao Outro Mundo. Eram capazes de representar um mundo dentro do outro
Graças aos altos-relevos galo-romanos, sabemos hoje que existia um deus com chifres, denominado Cernunnos, cujas origens estão na divindade que os antropólogos denominam de "Senhor dos Animais"
Era o deus da caça e a presa estava sob seu controle. Aparece no folclore britânico como "Herne, o Caçador". Shakespeare menciona seu carvalho sagrado no bosque de Windsor. A idéia de um caçador chifrudo remonta os tempos muito antigos, nas pinturas das cavernas mostram este homem coberto com peles de animais. A idéia era que o caçador deveria se identificar com sua caça, o cervo, com o objetivo de apaziguar seu espírito dominante. Este é o mistério mais antigo do mundo: o caçador e o caçado deveriam ser um só.
A transformação em natureza animal, seja a de touro, cervo, cavalo, javali, gato, pássaro ou peixe, aparece com freqüência nos contos celtas. A identificação xamânica com animais se refletia claramente no culto celta, inclusive, nos tempos do cristianismo.
Segundo Justino, os celtas tinham mais maestria na arte da adivinhação do que qualquer outro povo de seu tempo e atinham-se a ela cegamente. Foi uma revoada de pássaros que guiou ou galeses que invadiram Illyricum. Em outra ocasião, a maneira de voar de uma águia convenceu um rei que deveria regressar de uma expedição e evitar um desastre. Se houvesse algum litígio entre duas pessoas, cada uma colocava alguns pastéis sobre a mesa, de modo que não houvesse confusão sobre a propriedade de cada grupo de pastéis. Os corvos vinham, pousavam na mesa, comiam vários deles e beliscavam e inutilizavam um a um. O litigante cujo pastel tivesse sido apenas beliscado era o ganhador da causa.
O druida era um xamã, sacerdote, poeta, filósofo, médico, juiz e profeta. Sua educação incluía várias etapas. Desse modo, os estudos de um bardo irlandês,o "fili" constavam de versos, composição e recitação de histórias, gramática. Ogham (ciência das árvores- idioma secreto), filosofia e leis. Os sete anos seguintes eram dedicados a estudos mais especializados e incluíam linguagem secreta dos poetas e o "fili" se transforma em "ollamh". Podia então, receber instrução em genealogia, direção de fim, "o homem instruído"estava preparado para estudar encantamentos, adivinhações e magia.
"Todos os druidas eram bardos, mas nem todos os bardos podiam aspirar a ser druidas."
Ao descrever o clero da Gália, César divide-o em três grupos: "os vates praticavam a adivinhação e estudavam filosofia natural. Os bardos relatavam em verso as grandes façanhas de seus deusas. Os druidas se ocupavam da adoração divina, da correta celebração dos sacrifícios, pública e individual e da interpretação de questões rituais." Seu poder parecia absoluto, pois segundo suas observações, o maior castigo que se podia impor a uma pessoa ou família era a exclusão do ritual dos sacrifícios.
DEUSES E HEROIS
A idéia de que guardiões protegiam e defendiam o Planeta Terra, com certeza veio do pensamento celta, pois fica explícita nas toponímias que procedem do Deus do Sol, LUGH. Seu nome significa lux (luz) e lucus (arvoredo). Na França é conhecido como Laon, e Lyon, na Holanda como Leiden e na Grã-Bretanha como Carlisle.
Outras divindades como Bel, Don e Og nos reportam aos poderes sobrenaturais personificados e disseminados pelas antigas tribos celtas. Porém, Lugh representa um símbolo essencial entre todos os festivais, lendas e histórias irlandesas.
Os celtas eram um povo muito extrovertido que encarnavam seus deuses como Tuatha Dé Danann (deus guerreiro vencedor da eterna batalha com as trevas). Lugh do Longo Braço tinha uma lança mágica que disparava fogo e rugia na batalha Moytura, enquanto libertava o Rei Nuada e os Tuatha Dé Danann das mãos dos Fomori, os demônios da noite que só tinham um olho
Antes da batalha Lugh tinha pedido para ser aceito no grupo de guerreiro, mas só foi aceito quando ganhou uma partida de xadrez. Nuada então confiou-lhe a defesa da Irlanda. Os heróis celtas tinham poderes específicos:
GOIBNIU, o ferreiro, construía qualquer tipo de arma;
DIANCECHT, o médico que construiu um braço de prata para o rei Nuanda e curava os feridos;
CREDNE, o soldador, que fabricava as pontas das lanças, espadas e os rebites dos escudos;
DAGNA, com sua clava, seu caldeirão da abundância, alimentava o exército dos guerreiros e tocava sua harpa em três sons: o do sonho, o do alívio e o do riso.
Na batalha, Lugh consegue cegar o único olho do malvado rei dos Fomori com uma funda. A pedra, depois de ter-lhe atravessado a cabeça, mata muitos Fomori. O resto dos piratas foge em seus barcos e, a partir de então, essas criaturas "de um olho só, um braço só e uma perna só deixam de ser uma ameaça.

O Hino Internacional dos Ciganos Rom

O Hino Internacional dos Ciganos Rom iugoslavo :
Jarko Jovanovic
Dgelem, DgelemDgelem, Dgelemlungone dromentsa Maladjilem bhartalé romentsa
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)Nais tumengue shavalePatshiv dan man romaleAi, ai, romale, ai shavalê (bis)Vi mande sas romni ay shukar shavêMudarde mura famíliaLê katany ande kaleAi, ai romale, ai shavalê (bis)Shinde muro ilô
Pagerde mury lumaAi, ai romale, ai shavalê (bis)
Opré RomáAvem putras nevo dromoroAi,ai romale, ai shavalê (bis)
Tradução : Caminhei, caminhei longas estradas
Encontrei-me com Romá(Ciganos) de Sorte
Ai, ai Ciganos
,Ai, jovens Ciganos
Obrigado rapazes Ciganos
Pela festa em louvor que me dão
Ai, ai Ciganos,
Ai, jovens Ciganos
Eu também tive mulher e filhos bonitos
Mataram minha família
Os soldados de uniforme preto
Ai, ai Ciganos, Ai, jovens CiganosCortaram meu coração
Destruíram meu mundo
Ai, ai ciganos, Ai, jovens Ciganos
Pra cima Romá ( Ciganos )Avante! vamos abrir novos caminhos
Ai, ai Ciganos, ai jovens Ciganos !!!

sábado, 10 de julho de 2010

Um pouco da Gramatica Gitana


**GRAMATICA GITANA**

EL ADJETIVO
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Los adjetivos de origen antiguo siguen para la formacion del
genero y el numero la regla basica del romano:


Masculino singular: terminacion en o.
Masculino plural: terminacion en e.
Femenino singular: terminacion en i.
Femenino plural: terminacion en a.

Ejemplo: rom lasho (gitano bueno)
roma lashe (gitanos buenos)
romni lashi (gitana buena)
romna lasha (gitanas buenas)

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ROMANO-KALO
Algunos adjetivos de genero neutro en castellano no lo son en
romano
y concuerdan con el sustantivo en el mismo genero.

Ejemplo: Castellano: hombre grande, mujer grande.
Romano: rom baro, romni bari

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ROMANO-KALO
Los adjetivos terminados en consonante no cambian de genero ni de
numero.

Ejemplo: nasul (peligroso, peligrosos, peligrosa,
peligrosas)
shukar (bello, bella, bellos, bellas)

Algunos adjetivos de origen extranjero tienen la misma forma
tanto para el masculino como para el femenino y solo cambian
para la formacion del plural.

Ejemplo: lungo (largo, larga), lundyi (largos, largas)
drago (querido, querida), dradyi (queridos, queridas)

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LOS NUMERALES
0. 10. desh 20. bish 30. trianda
1. jekh 11. deshujekh 21. bishujekh 31. trianda jekh
2. duj 12. deshuduj 22. bishuduj 32. trianda duj
3. trin 13. deshutrin 23. bishutrin 33. trianda trin
4. shtar 14. deshushtar 24. bishushtar 34. trianda shtar
5. pandy 15. deshupandy 25. bishupandy 35. trianda pandy
6. shov 16. deshushov 26. bishushov 36. trianda shov
7. efta 17. deshuefta 27. bishuefta 37. trianda efta
8. oxto 18. deshuoxto 28. bishuoxto 38. trianda oxto
9. inja 19. deshuinja 29. bishuinja 39. trianda inja
40. shtarvardesh 50. pandyvardesh 60. shovardesh
41. shtarvardesh jekh 51. pandyvardesh jekh 61. shovardesh jekh
42. shtarvardesh duj 52. pandyvardesh duj 62. shovardesh duj
43. shtarvardesh trin 53. pandyvardesh trin 63. shovardesh trin
44. shtarvardesh shtar 54. pandyvardesh shtar 64. shovardesh shtar
45. shtarvardesh pandy 55. pandyvardesh pandy 65. shovardesh pandy
46. shtarvardesh shov 56. pandyvardesh shov 66. shovardesh shov
47. shtarvardesh efta 57. pandyvardesh efta 67. shovardesh efta
48. shtarvardesh oxto 58. pandyvardesh oxto 68. shovardesh oxto
49. shtarvardesh inja 59. pandyvardesh inja 69. shovardesh inja
70. eftavardesh 80. oxtovardesh 90. injavardesh
71. eftavardesh jekh 81. oxtovardesh jekh 91. injavardesh jekh
72. eftavardesh duj 82. oxtovardesh duj 92. injavardesh duj
73. eftavardesh trin 83. oxtovardesh trin 93. injavardesh trin
74. eftavardesh shtar 84. oxtovardesh shtar 94. injavardesh shtar
75. eftavardesh pandy 85. oxtovardesh pandy 95. injavardesh pandy
76. eftavardesh shov 86. oxtovardesh shov 96. injavardesh shov
77. eftavardesh efta 87. oxtovardesh efta 97. injavardesh efta
78. eftavardesh oxto 88. oxtovardesh oxto 98. injavardesh oxto
79. eftavardesh inja 89. oxtovardesh inja 99. injavardesh inja
100 shel 200 dujshela 300 trinshela
400 shtarshela 500 pandyshela 600 shovshela
700 eftashela 800 oxtoshela 900 injashela

1.000 mie 1.000.000 milioni

Ejemplo:
1994 mie injashela injavardesh thaj shtar

ROMANO-KALO
Numerales ordinales

Los adjetivos numerales ordinales se forman invariablemente
mediante el sufijo -to.

Primero jekhto Segundo dujto
Tercero trinto Cuarto shtarto
Quinto pandyto Sexto shovto
Septimo eftato Octavo oxtoto
Noveno injato Decimo deshto

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EL PRONOMBRE
Los gitanos espa¤oles mantienen el uso de algunas formas
declinadas de los pronombres personales que son corrientes en la
conversacion actual.

ROMANO-KALO
Primera persona

--- Singular--- ---Plural---
masculino y femenino
Nominativo: me (yo) ame (nosotros, nosotras)
Acusativo: man amen
Dativo: mànge amènge
Instrumental: màntsa amèntsa

Ejemplos en singular:
Na dikh man (no me mires).
Dyal mange sar o pa¤i (me va como el agua).
Dosta avela mange (me sera suficiente).
Si mantsa (esta conmigo).

Ejemplos en plural:
Beshas amen trujal o jag (nos sentamos alrededor del fuego).
Anel amenge (nos trae).
Tchi avel amentsa (no viene con nosotros).

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El pronombre personal MI

En castellano la expresion mi, acentuada, forma el genitivo, el
dativo y el acusativo del pronombre personal de primera persona
en genero masculino o femenino y numero singular. En romano-kalo,
por el contrario, existen diferentes expresiones para indicar
cada uno de estos casos, generos y numeros.

Son los siguientes:
Genitivo, muro (mi, mi, mio, mio), masculino singular; muri
(mi, mi, mia, mia), femenino singular; mure (mis, mios, mias),
masculino y femenino plural.

Todas ellas se corresponden con el adjetivo posesivo de primera
persona. En romano-kalo no exite el apocope mi, mis de mio, mia,
mios, mias.

Dativo, mange (a mi, para mi), singular; amenge (a o para
nosotros, nosotras), masculino y femenino plural.

Acusativo, man, singular; amen, masculino y femenino plural.

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El pronombre personal ME
En castellano la expresion me representa el dativo o el acusativo
del ponombre personal de primera persona en singular. En
romano-kalo ambos casos tienen vigencia y son de uso frecuente en
la conversacion y escritura ordinarias.

Ejemplo:
Na tchumides man (no me beses)
Shaj mukes man (no me dejes).
Mothov man maj anglal sar ka aves (comunicame antes como vendras).
Bitch mànge tumaro zhurnal (envieme vuestro periodico).

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El pronombre personal NOS
Es la forma en castellano del dativo y acusativo del pronombre
personal de primera persona en plural. Como en romano-kalo no
varia para el masculino ni para el femenino y se usa
principalmente en dativo.

Ejemplo:
Bitchen amenge duj kotora katar o "Nevipens Romani" (enviennos
dos ejemplares de "Nevipens Romani").

ROMANO-KALO
Conmigo, con nosotros

Las formas mantsa y amentsa corresponden al pronombre me (yo) y
en romano-kalo se expresan mediante el ablativo o instrumental de
la primera persona.

Ejemplo:
Muro phral Jardanay avel mantsa skola (mi hermano Juan viene
conmigo a la escuela).
O Kako Yoska beshel amentsa (el tio Andres vive con nosotros).

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ROMANO-KALO
Segunda persona

--- Singular--- ---Plural---
masculino y femenino
Nominativo: tu (tu) tume (vosotros, vosotras)
Acusativo: tut tumen
Dativo: tùke tumenge
Instrumental: tùsa tumentsa

Ejemplos en singular:
Akharen tut (te llaman).
Me pokinav tuke jekhi lovina (yo te pago una cerveza).
Dyav tusa (voy contigo).

Ejemplos en plural:
Marel tumen o Del (que Dios os castigue).
Bishavas tumenge pandy pustika (os enviamos cinco libros).
Si tumentsa (esta con vosotros).

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El pronombre personal TE
Te es la forma del pronombre de segunda persona --tu-- usada en
los complementos directo e indirecto. En castellano se aplica al
acusativo y al ablativo. En romano-kalo tiene uso casi exclusivo
en dativo.

Ejemplo: tchi mothav tuke (no te lo digo).

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El pronombre personal TI
Como en castellano, la forma ti del pronombre personal de segunda
persona, se usa siempre en dativo.

Ejemplo: najis tuke (gracias a ti).

En romano-kalo no existe el apocope tu, tus de los pronombres
posesivos tuyo, tuya, tuyos, tuyas. El posesivo
correspondiente al pronombre y al adjetivo de la segunda persona
es el genitivo del pronombre personal de la
segunda persona.

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El pronombre personal OS
Se usa siempre en dativo y corresponde a la segunda persona
plural del pronombre personal.

Ejemplo: Keren so phenela tumenge (haced lo que os dira).


Fonte: http://ciganosbrasil.ning.com/group/gramaticagitanaromani

sexta-feira, 9 de julho de 2010

ORAÇÃO PARA UM CIGANO

ORAÇÃO PARA UM CIGANO


Cavaleiro da noite e do dia, homem forte e corajoso,

és a força de um grupo cigano, és poder.

Com teu violino encantas a Lua Cheia.

Com teu sapateado ajudas a Mãe-Terra a sentir teu lamento cigano e sentes na relva a energia mais profunda da Natureza.

Ao olhar a fogueira decifras o que dizem as labaredas, pois é na chama do fogo que são revelados os mistérios do mundo.

Cigano, és homem forte e seguro do que queres.

Cigano, és amor, carinho, ternura e paixão ardente.

Cigano, pareces árvore frondosa de tronco grosso, a proteger-nos das falsidades desta vida terrena.

Ao olhar para o infinito, possa eu sentir a tua energia.

Cigano, ao olhar a chuva caindo na relva, possa eu sentir-te lavando-me das impurezas deste mundo;e ao olhar a chama de uma vela, possa eu sentir-te a dizer-me: “Estou te protegendo”.

(Desconheço autoria, se alguém conhecer, favor postar aqui)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A águia e as galinhas

Contando uma estória....

Era uma vez um filhote de Águia que durante uma tempestade se perdeu de sua mãe. Uma galinha o encontrou e como não distinguiu a diferença, decidiu adotá-lo. Durante anos esse filhote de Águia viveu no Galinheiro e aprendeu todos os comportamentos e atitudes de uma "Galinha".

Galinhas não tinham habilidade para voar longe, só pertinho do chão e nosso filhote de Águia conformava-se com isso pois afinal não passava de uma "Galinha", pensava ele. De nada adiantava olhar o céu e invejar os demais pássaros, decididamente era melhor enfrentar a realidade, Galinhas não voam alto e ponto!

Porém, um dia, nosso Galinheiro foi visitado por um amigo do Dono. Este ficou boquiaberto quando viu uma Águia ciscando no chão como se fosse uma Galinha, virou-se para o Dono e perguntou: - "Como você conseguiu domesticar uma Águia a este ponto?" e o Dono respondeu: - "Eu não fiz nada, foi achado quando filhote e ai foi ficando...".

Neste caso, que tal se eu a leva-se e tenta-se verificar se consegue voar como as outras Águias?. O Dono não se opôs. E lá se foi a nossa Águia - Galinha se debatendo desesperadamente quando viu que se afastava do Galinheiro.

Para onde seria levada?. Seria morta?. Viu que o homem começa a subir um pequeno morro. Chegando no topo a colocou no chão e apontou para algumas aves que estavam voando bem alto no céu. Que coisa linda, sempre desejou voar desta forma, como eram bonitas, invejava-lhes a Liberdade, a Segurança, a altivez .... mas, o que queria o homem?. Não sabia ele, que Galinhas não podem voar desta forma?. O que ele pretendia ?.

O homem vendo que a jovem Águia não se mexia, começou a empurrá-la.... até que, despencou do morro, bateu as assas o quanto pode mas estava tão pesada que não logrou muito êxito. O homem percebendo isto, mudou totalmente a sua alimentação, ela foi perdendo peso e todos os dias ele a conduzia aquele morro. Até que...um belo dia, ela conseguiu voar alto e mais alto.... tão alto quanto as aves que admirava!. Como é possível...Galinhas não podem voar tão alto?. O que sou então?. O homem insistia em chamá-la de Águia, serei uma Águia ? e sobrevoando um lago viu sua imagem refletida na água junto com a das outras Águias e finalmente entendeu que era uma Águia!.

Essa pequena estória, mostra, como nos adaptamos as circunstâncias de nossa vida de tal forma que esquecemos que somos capazes de criar outras possibilidades, voar em outras direções, concretizar sonhos e que por medo..., nos mantemos no Chão sempre no mesmo lugar, sempre do mesmo jeito!. A tão sonhada Segurança custa tão somente o nosso "sentimento de valor pessoal", deixamos de nos respeitar, de nos amar....somos iguais a todos e não somos ninguém!!!

ALDWYN

Alcançando vôo

Alcançando vôo


Ref: Jó 39.27,28.



Uma equipe de ecologistas americanos propôs-se o desafio de estudar o comportamento das águias. Munidos de uma filmadora com lentes de longo alcance, de até 500m, decidiram escalar as montanhas do Colorado. E acompanharam dali o processo de construção de ninho de uma águia, num daqueles picos gelados, bem na encosta, no ponto mais perigoso, inacessível. A camada externa era toda de espinhos; a segunda, gravetos sem espinhos, peles de animais e capim. O interior era todo revestido de pena. Depois de concluído tinha aproximadamente dois metros de profundidade e três de diâmetro.



Apesar da neve cá fora, o ninho era todo quentinho, aconchegante, e totalmente protegido do vento. Os penhascos são o lugar preferido das águias. Constroem lá seu ninho, e o conservam por toda a vida. Se ele cai ou sofre depredação, faz outro no mesmo lugar.



De hábitos sedentários, possuem morada própria, fixa e não admitem intrusos no ninho. Várias vezes na Bíblia, Deus associa sua maneira de agir conosco com a da águia. Em Isaías 40.31, ele compara a águia àqueles que nele esperam. E se assim o faz é porque certas características da águia devem fazer parte de nossa vida – são qualidades que ele deseja ver em nós.



As águias, notáveis pelo seu tamanho e vigor, são as aves mais fortes que existem. Devido á sua imponência, ferocidade, valentia, nobreza, figuram nos emblemas e escudos das nações desde os tempos da antiga Babilônia.



Os olhos muito grandes e frontais as diferem das demais aves, e lhe proporcionam uma visão ampla, panorâmica, que lhe permite lá de cima espreitar a presa aqui em baixo. Dificilmente uma presa escapa às suas fortes garras.



Todos os animais que têm olhos frontais, são caçadores. A águia e uma caçadora. Prefere alimentar-se de animais vivos – pequenos, mamíferos, aves, cobras, peixes, insetos.



Não come nada em estado de decomposição. Tampouco bebe água suja. Suas possantes asas lhe permitem um vôo impetuoso, porem seguro e bem direcionado. É monógama. Só aceita um único macho durante toda a vida. Não se “prostitui”.



É livre. Vive em liberdade e não aceita cativeiro. Se presa, não come, nem bebe. Enfrenta a fúria das tempestades; dos ventos retira a força necessária para alçar vôo aos picos mais elevados.



É corajosa, destemida. Essa é uma característica própria da água – ela não se intimidade diante de uma tempestade. Quanto mais forte o vendaval, mais alto ela sobe.



Quando vê o prenuncio de um vendaval, sai logo do ninho, abre as asas, estufa o peito, aproveita a fúria dos ventos para alçar os vôos mais altos.



Aproveita os redemoinhos, as intempéries, porque gosta de estar acima das nuvens. À medida que os filhotes vão crescendo, ela vai retirando primeiro as penas, depois o capim, para que os espinhos criem certo desconforto, e eles alcem vôo.



Deus nos chamou para sermos águia. Para olharmos de cima. Para alcançarmos vôo face às circunstâncias adversas. Para vivermos nas alturas – sem nos cansar, sem nos fatigar. O alvo da águia é ganhar altura. Fomos chamados para olhar para o alto. Façamos com Davi:“Os meus olhos se elevam continuamente ao Senhor...” Sl 25.15.



Ser uma águia depende da visão que se tem de Jesus. Quem tem uma visão tacanha do Rei dos reis jamais será uma águia.... Deus quer que sejamos águia. Jesus quer que voemos na tempestade. Quer que sejamos caçadores. Que enfrentemos o vento, e, quando vier a luta, subamos mais alto ainda.



Extraído do livro

Águia ou Galinha

A renovação da águia




(O VÔO DA ÁGUIA - Na decisão de uma ave, um ensinamento para nós)


A águia, a ave que possui a maior longevidade da espécie, chega a viver a 70 anos.


Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria decisão.


Aos 40 anos, está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva, apontando contra o peito. As asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil! Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou ... enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.


Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo, sem contar a dor que terá que suportar.


Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas velhas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então, mais 30 anos.


Em nossa vida, muitas vezes temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, e outras tradições que nos causam dor.


Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.


Pense nisso!


Autor Desconhecido

O VÔO DA ÁGUIA


Muito se fala nessa ave, seja pela excitação que causa a alguns, seja por sua beleza, seja por sua força, seja pelos símbolos a ela adotados.
Biólogos, engenheiros, homens de pouco ensinamento, crianças curiosas, enfim... um sem número de pessoas de verdade se encantam ou se aterrorizam perante essa majestade única.
Lendas, contos de fadas, estórias, textos científicos, não param de tentar descreve-la, esmiúça-la, entede-la.
Ame ou odeie, quem nasce águia morre águia - 2 vezes.
Seja benvindo a esse espaço de troca, discussão, aprendizado, e alegria dos filhotes dessa magnífica ave. Sinta-se aconchegado no Ninho da Águia.

Kaliandra